O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Partindo de um salário básico de R$ 2.580,34, um servidor do Estado que trabalha como eletricista no Porto de Rio Grande obteve uma série de vantagens e gratificações no contracheque de dezembro que fizeram sua remuneração chegar a R$ 70.448,57 líquidos. Sem os descontos, os proventos mensais atingiram R$ 92.337,87.
Mas como isso foi possível?
Além de receber R$ 16,3 mil relativos ao 13º salário e mais de R$ 27 mil de abonos e gratificações relacionadas a férias, o eletricista levou aproximadamente R$ 14,8 mil em horas extras, sendo parte desse valor retroativo.
Outras gratificações, como adicional noturno, pagamento por descanso remunerado, risco de vida e tempo de serviço, fizeram com que o contracheque do servidor somasse 47 aditivos e penduricalhos que incrementam o salário inicial.
Ainda que o valor de dezembro tenha sido turbinado por remunerações de 13º e férias, a remuneração do servidor, nos meses anteriores, superou os R$ 12 mil – quase cinco vezes o seu salário básico.
Atualização de 15/01: O superintendente do Porto de Rio Grande, Fernando Estima, confirmou à coluna que o contracheque reproduzido não se trata de uma folha de aposentadoria, e sim a soma de férias e de gratificações recebidas pelo servidor no final do ano.