Daqui a pouco mais de um ano, iremos às urnas para escolher prefeitos e vereadores. A campanha não será muito diferente das últimas, com restrições à propaganda de rua e proibição de doações de empresas, mas uma novidade vai obrigar os partidos a se esforçarem para conquistar os eleitores. É que desta vez serão proibidas as coligações para a escolha de vereadores.
Para quem não é familiarizado com o tema, explica-se: até agora, eram permitidas alianças nas eleições chamadas de proporcionais, para os cargos de vereador, deputado estadual e deputado federal. Você votava no candidato do partido A e ajudava a eleger outro do partido B ou C, porque os votos dados a todos os integrantes de uma coligação eram somados para a definição de quantas cadeiras caberiam a esse grupo de partidos.
É por isso que quando um eleito se licencia para assumir uma secretaria, por exemplo, o suplente nem sempre é da mesma sigla. Por esse sistema, as cadeiras ficavam com os mais votados de cada coligação.
A partir de 2020, isso muda. Cada partido terá o número de vagas que conquistar com suas próprias forças. Se um dos seus vereadores se licenciar ou abandonar o mandato por qualquer razão, o suplente será do mesmo time.
Essa alteração na lei obrigará os partidos a trabalharem mais para divulgar seu número, porque, na urna eletrônica, o eleitor pode votar no candidato ou na legenda. E, como a campanha de prefeito é uma excelente vitrine para o partido, a tendência é de que aumente significativamente a quantidade de concorrentes às prefeituras.
Para prefeito, as alianças seguem liberadas. Nesse caso, a vantagem de dois ou mais partidos se unirem é que o tempo na propaganda de rádio e TV é somado e o candidato fica com mais espaço para expor suas propostas.
Faltando um ano para a eleição, o quadro nas principais cidades ainda é bastante indefinido, porque é possível trocar de partido e até mesmo de domicílio eleitoral até seis meses antes da eleição para concorrer em outra cidade.
Em março, abre-se o que a lei chama de "janela partidária". Por 30 dias, o troca-troca fica liberado, sem que o vereador corra o risco de perder o mandato. A partir de abril, o cenário começa a ficar mais claro, mas as convenções que escolhem os candidatos só são realizadas em agosto.
O primeiro turno da eleição ocorre no primeiro domingo de outubro (dia 4) e o segundo, no último (dia 25). A posse dos prefeitos e vereadores eleitos será no dia 1º de janeiro de 2021.
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