Sob todos os pontos de vista, o leilão que definiu o vencedor da PPP da Iluminação Pública em Porto Alegre foi um sucesso. O número mais relevante é o deságio de 45,47%, porque mostra o quanto a prefeitura vai pagar a menos do que o teto estabelecido nos estudos feitos pelo BNDES. O serviço será melhor do que o atual, pelas exigências previstas no contrato, e bem mais barato do que custa hoje para a prefeitura, sem onerar o contribuinte.
— Os governos que apostam na capacidade do setor privado para melhorar os serviços públicos acertam, e nós não podemos ficar presos em práticas ultrapassadas. É inegável que esta PPP vai trazer mais economia, modernização, padrão de qualidade e até segurança para as pessoas que vivem em Porto Alegre – comemorou o prefeito Nelson Marchezan.
Além de Marchezan e dos secretários Ramiro Rosário (Serviços Urbanos) e Thiago Barros Ribeiro (Parcerias Estratégicas), dois ex-assessores da prefeitura celebraram o resultado como a conquista de uma Copa do Brasil: Bruno Vanuzzi, hoje secretário estadual, e seu antigo adjunto, Fernando Dutra, que trocou a prefeitura pela iniciativa privada.
Foi na gestão da dupla que começaram os estudos para as PPPs. Escolhida como prioridade, a da iluminação levou menos de dois anos entre o início da estruturação e o leilão.
— O resultado é um processo épico! Primeira PPP do Estado e o projeto de parceria mais concorrido do Brasil na área de iluminação. Porto Alegre tem que celebrar e muito! Isso vai mudar a cara da cidade — exultou Dutra, em mensagem à coluna minutos depois do certame.
Vanuzzi também comemorou, mas lembrou que agora vem uma fase importante do processo, que é a abertura dos documentos de habilitação, o que ainda pode modificar o resultado final:
– O leilão com propostas agressivas, inclusive de empresas de ponta, confirma que o projeto foi um acerto, com muita ênfase em governança e segurança jurídica. A economia anual para os cofres públicos pode ultrapassar R$ 25 milhões.