O ex-ministro Eliseu Padilha, 73 anos, que foi chefe da Casa Civil de maio de 2016 até o final de 2018, soube da prisão de Michel Temer em Porto Alegre, onde mora e se recupera de um grave problema de saúde. Em 17 de janeiro, Padilha fez um autotransplante de medula no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, para erradicar um mieloma múltiplo.
Padilha submeteu-se a sessões de quimioterapia de setembro até 17 de janeiro, véspera do transplante.
No final de 2016, Padilha teve problemas de tontura e hipertensão, ficou vários dias afastado do Palácio do Planalto para uma série de exames e foi diagnosticado com "síndrome do desembarque", problema desencadeado pelas frequentes viagens de avião. Os sintomas são tontura, vertigens e a sensação de que o chão balança, mesmo quando se está em terra firme.
No final de fevereiro de 2017, depois de sofrer um problema de obstrução urinária, o então ministro tirou uma licença mais longa para realizar uma cirurgia de próstata no Hospital Moinhos de Vento, depois de receber o diagnóstico de hiperplasia benigna. Complicações pós-operatórias o obrigaram a permanecer mais tempo do que o esperado no hospital e ele só teve alta 10 dias depois.
À coluna, Padilha confirmou os problemas de saúde e não quis comentar a prisão do ex-presidente, de quem é amigo há mais de três décadas, nem do ex-ministro Moreira Franco. O ex-ministro é investigado em dois inquéritos, mas seu nome não aparece na que levou Temer e Moreira à prisão.