Os servidores municipais de Porto Alegre devem se preparar para receber no dia 29, último dia útil de setembro, menos do que os R$ 3 mil pagos no final de agosto. O aviso foi dado hoje pelo prefeito Nelson Marchezan, em entrevista ao Gaúcha Atualidade. Marchezan disse que a crise das finanças se aprofunda mês a mês. Hoje à tarde, o secretário da Fazenda, Leonardo Busatto, vai abrir os números e revelar de quanto, afinal, será a primeira parcela.
Marchezan foi convidado a falar no programa Gaúcha Atualidade sobre o decreto com as medidas que as empresas de ônibus terão de cumprir e optou por vir ao estúdio. Detalhou as exigências e foi além: reafirmou que a Carris está quebrada, que é um caso perdido e que vai privatizar ou fechar a empresa pública de transporte coletivo.
O prefeito disse que o problema da Carris não é apenas de má gestão:
— A Carris é uma empresa inviável porque paga mais por ônibus, peças, pneus e combustíveis. E os salários são superiores aos das empresas privadas.
Em resposta a um ouvinte sobre o furto de peças, o prefeito confirmou que esse é um problema grave, que está sendo investigado. A afirmação provocou descontentamento entre os empregados da Carris, que se sentiram atingidos pelo que entenderam como uma "generalização".
Outra polêmica que Marchezan deixou no ar foi a defesa do projeto que altera o sistema de gratificações, especialmente o que altera o sistema atual, em que servidores de nível superior são nomeados com jornada de 30 horas semanais e convocados imediatamente para trabalhar 40 horas, com um acréscimo de 50% no salário básico.