Os números são de assustar os potenciais candidatos ao Palácio Piratini: se não aderir ao regime de recuperação fiscal, o Rio Grande do Sul chegará ao final de 2018 com um déficit de R$ 8 bilhões e sem possibilidade de tomar novos empréstimos.
Mesmo que o Estado assine o acordo com a União e consiga suspender o pagamento da dívida por três anos, quem assumir em 2019 terá de lidar com uma queda de receita da ordem de R$ 2,5 bilhões, por conta do fim do prazo de validade do aumento do ICMS aprovado em 2015.
Serão inevitáveis as pressões dos servidores que estão há três anos sem reajuste e da sociedade pela nomeação de mais policiais e funcionários de áreas essenciais.
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Auditores sugerem saídas
O Sindifisco, sindicato que representa os auditores da Receita Estadual, opina que o governo faz terrorismo com as contas públicas.
O presidente da entidade, Celso Malhani, sugere saídas que poderiam render à Fazenda receita extra de R$ 4,7 bilhões por ano. Três delas: pressionar para que a regulamentação da Lei Kandir saia do papel, revisar parte dos benefícios fiscais e intensificar o combate à sonegação, contratando mais auditores.