Considerado traidor pelo PMDB por assinar relatório pedindo o prosseguimento da investigação contra o presidente Michel Temer, o deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) comprou a briga na Comissão de Constituição e Justiça, xingou seus colegas de partido e acabou tornando-se o personagem da semana em Brasília.
Dois dias depois de Zveiter ameaçar com um soco o deputado Darcísio Perondi, foi acusado pelo vice-líder do governo de fazer apologia ao nazismo. O gaúcho não sabia, mas o peemedebista do Rio de Janeiro é o único parlamentar judeu na Casa.
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Na sexta-feira, a Federação Israelita do Rio Grande do Sul classificou como "inoportunas, inadequadas e ofensivas" as declarações de Perondi.
"Não é a primeira vez que personagens políticos, no desejo de defender seus líderes, associam ações dos três poderes com o tratamento dado aos judeus na Alemanha nazista. Isto nos ofende e ofende a memória daqueles que lá morreram, bem como dos sobreviventes e de seus parentes", diz a nota da federação.
Perondi esclareceu que se referiu às práticas nazistas e fascistas de não respeitarem as leis e que a questão religiosa não foi mencionada.“Se houve um mal-entendido, peço desculpas a toda comunidade israelita”, disse em nota.
Aliás
Na sexta-feira, Perondi divulgou artigo com o título "A denúncia diabólica de Janot", referindo-se ao pedido de investigação da PGR que a Câmara deve ou não aceitar.