Integrante do diretório nacional e presidente estadual do PSDB, o prefeito Nelson Marchezan afirmou que não foi à reunião do partido nesta segunda-feira porque foi convocada pelo governador Geraldo Alckmin, sem caráter deliberativo.
No encontro, ocorrido logo após a leitura do relatório de Sergio Zveiter (PMDB-RJ) na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, tucanos debateram a posição do partido em relação ao governo Temer. O prefeito de São Paulo, João Doria, apoiador da permanência na base, foi convidado.
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À coluna, Marchezan disse que foi convocado apenas para a primeira reunião, no dia 12 de junho, mas não conseguiu ir. Reafirmou que está focado na gestão da prefeitura de Porto Alegre e que a questão política nacional não é pauta prioritária.
– Sair ou ficar não é uma coisa tão objetiva e única. Uma parte do PSDB quer aprovar as reformas, outra, sabe da responsabilidade e sabe que é temerário tirar o Temer. Outros acham que não vale a pena ficar em um governo que não é seu – explicou o prefeito, salientando que o presidente Michel Temer continua atuando como o PT. – Não fomos os primeiros a levantar o "fora Dilma". Por característica, não somos irresponsáveis – concluiu, se referindo à pecha de "partido em cima do muro".
Nos bastidores, a informação é de que parte dos tucanos querem permanecer na base porque desejam a aprovação das reformas o mais breve possível. Assim, o candidato à presidência da República em 2018, não teria de se desgastar com medidas impopulares. Marchezan acrescentou que há divergências porque os eleitos e aspirantes a cargos públicos estão preocupados com a opinião pública e com as eleições. Ele palpita que sua legenda só vai decidir sair ou ficar no governo quando a denúncia for votada em plenário.