Se dependesse de apoio popular, Michel Temer já estaria fora do Palácio do Planalto. Todas as pesquisas mostram que ele é um dos presidentes mais impopulares da história do Brasil, com índices semelhantes aos de Dilma Rousseff às vésperas do impeachment. O que sustenta Temer até aqui é o apoio no Congresso, que começa a se esboroar.
Até a divulgação da delação dos donos da JBS, as manifestações de rua eram contra as reformas. As últimas, como a de quinta-feira, em Porto Alegre (foto) tiveram como propósito a pressão pela saída do presidente. Serão as manifestações suficientes para derrubar um presidente? As ruas têm peso, mas não são elas o fator principal na definição do futuro de Temer, exatamente porque o governo nasceu sem apoio popular.
Leia mais:
Delator diz ter repassado R$ 1,5 milhão de propina de Aécio para campanha de Sartori
Cármen Lúcia comenta rumores sobre Presidência
Quais são os possíveis cenários se Temer cair e quem pode sucedê-lo
As ruas foram decisivas para a queda de Fernando Collor em 1992 e de Dilma Rousseff em 2016. Nos dois casos, havia um processo de impeachment em andamento. Agora, os pedidos se acumulam sobre a mesa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um aliado que não dá sinais de que vá aceitar qualquer um deles.
As portas de saída mais prováveis para Temer são a renúncia, por perda de apoio político, e a cassação pelo Tribunal Superior Eleitoral, no processo movido pelo PSDB.