Minutos depois de o Senado aprovar o Regime de Recuperação Fiscal dos Estados, a notícia da delação bombástica dos donos do Grupo JBS precipitou o término da sessão, no início da noite. Um dos denunciados pelo presidente do Grupo JBS, Joesley Batista, à Procuradoria-Geral da República (PGR) foi o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que na foto aparece ao lado do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ).
As revelações representam uma pá de cal na carreira de Aécio, que já estava fragilizado com as delações da Odebrecht.
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Em um diálogo de meia hora, o tucano pede R$ 2 milhões ao empresário para custear a sua defesa na Lava-Jato. Aécio combina a entrega do dinheiro com naturalidade, mas cuida para que a operação seja sigilosa.
– Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho – diz Aécio.
A PGR diz ter elementos para afirmar que o dinheiro não foi repassado a advogado algum.