No dia 21 de janeiro deste ano, ocorreu um fato curioso no velório do ministro Teori Zavascki, morto na queda de um avião no mar de Paraty: quando Michel Temer e sua comitiva chegaram ao prédio da Justiça Federal, a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, fez uma retirada estratégica.
A ministra foi para uma salinha reservada e lá ficou até que Temer fosse embora. Ficou no ar a suspeita de que o sumiço tinha por objetivo não sair na foto ao lado de Temer e de seus ministros, até porque, logo depois, Cármen Lúcia autorizou a entrada dos fotógrafos e foi clicada ao lado da família Zavascki.
Àquela altura, a ministra sabia que a cúpula do PMDB estava envolvida até o pescoço na Lava-Jato. Havia sido informada por Teori, antes e durante o recesso, sobre o conteúdo dos acordos de delação premiada.
Francisco Zavascki, um dos filhos de Teori, pediu a jornalistas que dessem apoio à presidente do STF:– Ela vai ter que lutar quase sozinha para a Lava-Jato não parar.