Denunciado por envolvimento em um escândalo de desvio de recursos para a compra de ambulâncias, desvendado na Operação Sanguessuga, em 2006, o ex-deputado Edir Oliveira (PTB) foi absolvido por insuficiência de provas, depois de 11 anos de purgação.
O juiz Paulo Cezar Alves Sodré, da 7ª Vara Criminal da Justiça Federal de Mato Grosso, sentenciou: "Portanto, não existindo prova suficiente para a condenação, o réu deverá ser absolvido".
A demora da Justiça em julgar os parlamentares acusados de envolvimento na operação sanguessuga deve servir de alerta para os citados na Lava-Jato. Uma década é tempo suficiente para acabar com uma carreira política.
Aos 67 anos, Edir Oliveira ainda não conseguiu reunir as condições para se aposentar pelo INSS.
Depois da denúncia na Operação Sanguessuga, não conseguiu se reeleger.
– Os eleitores de Gravataí me abandonaram. Fiquei na primeira suplência e nunca mais consegui um emprego ou um cargo público, porque estava marcado – lamenta.
Constrangido, o ex-deputado diz que nesses 11 anos sobreviveu fazendo bicos e contando com a ajuda da mulher.