Com uma frase curta, o presidente Michel Temer encerrou a polêmica sobre a relatoria da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). O sucessor de Teori Zavascki só será escolhido depois que o Supremo definir o relator.
Isso significa que o novo ministro vai julgar, mas não será o responsável pela homologação das delações premiadas e pelas outras tarefas de Teori na Lava-Jato. O que a ministra Cármen Lúcia e seus pares decidirão nos próximos dias é se o sorteio será feito entre os nove ministros (ela não entra) ou apenas entre os integrantes da turma de Teori.
No velório, o que mais se ouviu foi que o prejuízo à Lava-Jato é inevitável. Porque, seja quem for o sorteado, precisará de tempo para se inteirar dos detalhes do processo.
A despedida de Teori foi um momento ímpar na história do Rio Grande do Sul. Poucas vezes tantas autoridades dos três poderes estiveram no mesmo cenário para dar adeus a um homem público. Nunca os discursos foram tão convergentes. Do presidente Michel Temer aos colegas do Supremo, todos destacaram a seriedade, a imparcialidade, a humildade e a capacidade de trabalho de Teori. Substituir um homem dessa estatura será difícil tanto na relatoria da Lava-Jato quanto no plenário do Supremo.