Pelo nono mês consecutivo, os salários dos servidores do Executivo serão pagos em parcelas. A folha da pagamento já rodou, dividida em nove faixas. A primeira é de R$ 300, mas fontes da Secretaria da Fazenda garantem que, na segunda-feira, será depositada mais de uma faixa. O valor exato do depósito será definido amanhã, no final da tarde, de acordo com a disponibilidade de recursos.
A situação neste mês está mais difícil do que em setembro porque o governo terminou de pagar os salários no dia 14 de outubro, mas empurrou para a semana seguinte as contribuições sindicais descontadas dos servidores e o crédito consignado devido aos bancos. Também retardou os depósitos para saúde e outras despesas de custeio que só estão sendo pagas nesta semana, como a merenda escolar.
As dificuldades se ampliaram com a liquidação de uma sentença que retirou R$ 50 milhões dos depósitos judiciais, reduzindo a margem que o governo pode sacar a título de empréstimo. Nesta semana, estão sendo pagos R$ 30 milhões a título de remuneração pelo uso dos depósitos judiciais.
Diante desse quadro, a tendência é de ampliação das dificuldades para pagamento da folha de novembro. Não há perspectiva de entrada de recursos para pagamento do 13º salário. O empréstimo do Banrisul, que no ano passado permitiu aos servidores não passarem o Natal sem o 13º, está sendo avaliado. O Piratini tem dito que essa decisão depende exclusivamente do banco, que pode oferecer ou não o empréstimo aos servidores. Na prática, o Banrisul só ofereceu no ano passado porque o governo ofereceu uma indenização pelo atraso, equivalente às taxas cobradas pelo banco. O problema maior é outro: no ano passado havia a perspectiva de entrada de um dinheiro extra, proveniente da venda da folha de pagamento para o Banrisul, que garantiria a quitação do 13º Foi o que acabou ocorrendo. Para 2016, essa receita extraordinária não existe.