TERRENO PREPARADO - De surpresa, o chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, apareceu na reunião da bancada do PMDB e almoçou com os deputados nesta terça-feira. Sem dar detalhes, Biolchi começou a preparar o espírito dos parlamentares para os projetos da reforma do Estado que o governador José Ivo Sartori deverá encaminhar à Assembleia nos próximos dias. A dúvida é se isso ocorrerá antes ou depois do segundo turno.
DOIS TEMPOS - Sabe-se que são dois blocos de medidas. Um, de caráter mais político, prevê o enxugamento de estruturas, com extinção e fusão de órgãos públicos. Nessa lista, estão a Corag e a Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH). O outro, concebido para fazer caixa, trata da privatização de estatais. No foco estão a CEEE, a Sulgás e a Companhia Rio-Grandense de Mineração. Está nos planos do governo abrir o capital da Corsan e vender 49% das ações.
PLEBISCITO - Ainda não está definido se o governo vai encaminhar o plebiscito exigido na Constituição ou apresentar uma emenda para acabar com a exigência de consulta à população. O líder do governo, Gabriel Souza, garante que, no almoço, Biolchi falou apenas da necessidade de apressar a votação dos projetos que já estão no Legislativo. Nesta quarta, o Piratini fracassou na tentativa de colocar em votação a proposta que autoriza a venda e permuta de imóveis sem autorização individualizada pela Assembleia.
REBELIÃO - Deputados do PMDB tentarão impedir a nomeação de Osmar Vieceli como diretor comercial do Banrisul. A alegação é de que ele, funcionário de carreira do banco, é ligado ao PT. A sabatina na Comissão de Finanças está marcada para esta quarta-feira, às 13h. Deputados contrários à indicação de Vieceli ameaçam votar contra ou pedir vista. O governo vai procurar apagar o incêndio antes da reunião.
2018 É LOGO ALI - Por enquanto, são apenas hipóteses, mas o PMDB já trabalha com a possibilidade de José Ivo Sartori não disputar a reeleição em 2018. Nesse caso, o PMDB poderá abrir mão da cabeça de chapa para o PSB, por exemplo. O nome mais cotado é o do ex-deputado Beto Albuquerque.Para o Senado, o PMDB tem dois pretendentes fardados: Germano Rigotto e Edson Brum.
APOIO - Os seis partidos que deram sustentação à candidatura de Maurício Dziedricki (PTB) decidirão em bloco se apoiarão Nelson Marchezan ou Sebastião Melo no segundo turno. A decisão será tomada na sexta-feira, depois de ouvir os dois finalistas.
LATIFÚNDIO MIDIÁTICO - O amplo espaço de tempo de rádio e TV no segundo turno das eleições – 10 minutos para cada um, duas vezes por dia e mais 70 minutos de inserções distribuídas ao longo da programação – está preocupando candidatos em cidades de todo o Brasil. Não há dinheiro suficiente nem tempo disponível para gravar tanto material.
RECUOU - Em Porto Alegre, a equipe de Nelson Marchezan (PSDB) suscitou o tema, mas não seguiu adiante porque depende de acordo entre os candidatos e da possibilidade técnica das empresas de comunicação.