Na terça-feira, a vereadora Mônica Leal (PP) enviou o seguinte e-mail à coluna:
"Li a tua nota na ZH de hoje, “Falta do que fazer”. Os temas postos na Câmara são distintos. O meu Projeto de Lei diz respeito ao não seguimento das normas da Casa, quando da aprovação da alteração do nome de uma importante avenida da Capital. Não foi de minha autoria a proposição da lei que alterou o nome da Av. Castelo Branco. O meu projeto visa sanar uma ilegalidade. Assim, tua analogia com o projetos de outros vereadores não procede. Portanto, é preciso colocar de forma correta a matéria. Imagina ser alterada a rua onde moras, por um projeto de lei que não seguiu o procedimento legislativo correto! Neste caso, seria necessário sanar esta irregularidade através de um novo Projeto de Lei. Foi o que eu fiz."
Respondi que não tinha ficado convencida dos seus argumentos técnicos e que considerava inoportuno trocar o nome da Avenida da Legalidade, agora que as pessoas já se acostumaram com a troca. Ponderei que a questão era ideológica e que as objeções deveriam ter sido feitas à época da votação do projeto, em 2014. Aqui a tréplica de Mônica:
"Não entendeste o Projeto de Lei. Minhas razões foram de ordem legal, não ideológicas. Lastimo profundamente que a minha caminhada política séria e comprometida, não seja o suficiente para impedir esse rótulo de paixão pelo regime militar. Mas igual vou explicar.
Na época, eu questionei por diversas vezes as ilegalidades do projeto e mesmo assim, tramitou e ainda com erros processuais tão flagrantes que o prefeito não sancionou a lei.
Foi feito um estudo após aprovação da Lei que alterou a denominação da Av Castelo Branco para Av da Legalidade e da Democracia que foi encerrado recentemente e foram apontadas uma série de irregularidades no procedimento legislativo. Aguardei análise jurídica, motivo pelo qual entrei com esse PL só agora.
O Órgão Legislativo deve ser o primeiro e maior interessado no cumprimento e respeito das normas que elabora. Eu como legisladora tenho esse compromisso. O PL da Avenida tem como objetivo reparar as irregularidades da Lei que foi aprovada alterando a denominação.
Penso que perda tempo foram dos vereadores proponentes da alteração do nome desta avenida e não do meu projeto de revogação em função das ilegalidades e erros processuais."
Sal na mesa
A vereadora Sofia Cavedon (PT) também questionou a nota publicada na terça. Por e-mail, Cavedon afirmou que o projeto foi apoiado por entidades, incluindo o Conselho Regional de Nutrição. Veja a mensagem completa:
"Prezada colega, jornalista Rosane de Oliveira, lastimamos que tenhas considerado uma questão de saúde pública, como o uso excessivo de consumo do sal, como “falta do que fazer” – nota publicada na edição desta terça-feira (01/3). E mais ainda por equiparares essa questão tão grave na nossa população, conforme os vários depoimentos e apoios que recebemos, como a Nota Pública da direção do Conselho Regional de Nutricionistas 2º Região (CRN-2), que enviamos abaixo".