PARA NÃO ESQUECER CARANDIRU (1)
Um dos artistas visuais brasileiros mais conceituados da atualidade, Nuno Ramos publicou um artigo ontem na Folha de S. Paulo em que listava os nomes dos 111 presos massacrados em 1992 durante uma invasão policial no presídio paulistano Carandiru. A relação serviu para o também ensaísta e poeta premiado anunciar no jornal uma performance que começaria nesta terça-feira na capital paulista, às 16h, e seguiria ininterruptamente até as 16h desta quarta-feira. Nessa ação, 24 pessoas vão ler durante uma hora cada os nomes dos detentos, do alto de um edifício residencial na alameda Barão de Limeira.
O grupo de participantes inclui, além do próprio Nuno, o diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa, o músico Paulo Miklos, a cineasta e atriz Helena Ignez, a cartunista Laerte, a atriz Bárbara Paz, a ex-chacrete e cantora Rita Cadillac, o crítico de cinema Jean-Claude Bernardet, a ginasta Daiane dos Santos e a cineasta e atriz Marina Person. As imagens da performance poderão ser acessadas na página facebook.com/111UmaVigilia.
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PARA NÃO ESQUECER CARANDIRU (2)
Em sintonia com a performance em São Paulo, o site Psicanalistas pela Democracia e o Laboratório de Pesquisa em Psicanálise, Arte e Política da UFRGS (LAAP/ UFRGS) estão organizando uma ação nesta quarta-feira à tarde em Porto Alegre. O objetivo é reunir 111 pessoas com camisas pretas em frente ao Memorial do Rio Grande do Sul, às 16h – hora em que a tropa militar invadiu o Carandiru no dia 2 de outubro de 1992.
A Intervenção Carandiru 111 consistirá também na leitura por cada um dos participantes do nome das vítimas. Os organizadores pedem que os participantes confirmem sua presença no e-mail psicanalisedemocracia@gmail.com, com o assunto 111.
