Rodrigo Lopes

Rodrigo Lopes

Formado em Jornalismo pela UFRGS, tem mestrado em Ciência da Comunicação pela Unisinos e especialização em Jornalismo Ambiental pelo International Institute for Journalism (Berlim), em Jornalismo Literário pela Academia Brasileira de Jornalismo Literário, e em Estudos Estratégicos Internacionais pela UFRGS. Tem dois livros publicados. Como enviado do Grupo RBS, realizou mais de 30 coberturas internacionais. Foi correspondente em Brasília e, atualmente, escreve sobre política nacional e internacional.

27 mil quilômetros
Notícia

Pesquisadores que navegaram ao redor da Antártica devem chegar nesta sexta-feira a Rio Grande

Missão teve início no dia 23 de novembro de 2024 e contou com quase 60 pessoas

Anderson Astor e Marcelo Curia / ICCE
Foram três meses a bordo do navio quebra-gelo Akademik Tryoshnikov.

O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.

A Expedição Internacional de Circum-navegação Costeira Antártica deve chegar às 7h nesta sexta-feira (31) ao Porto de Rio Grande, no sul do Estado. Foram percorridos mais de 27 mil quilômetros ao redor do continente gelado. Os exploradores partiram do Brasil no dia 23 de novembro de 2024.

 

A missão foi coordenada pelo professor Jefferson Cardia Simões, do Centro Polar e Climático (CPC) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Ele liderou os quase 60 pesquisadores de sete nacionalidades diferentes, que por três meses navegaram a bordo do navio quebra-gelo Akademik Tryoshnikov.

— A circum-navegação marcou uma nova fase das atividades da comunidade científica brasileira nas regiões polares. Foi um programa multidisciplinar com cientistas de sete países liderados por brasileiros. Isso mostra o nosso protagonismo nos fóruns internacionais antárticos, o crescimento da presença brasileira e, em destaque, a presença gaúcha, a cooperação internacional e aí o conceito de diplomacia da ciência, que é usar a ciência para melhorar as relações internacionais, tentar resolver problemas comuns, investigações comuns, dividir recursos — explicou à coluna. 

Na tripulação estão pesquisadores de Argentina, Brasil, Chile, China, Índia, Peru e Rússia. São 27 brasileiros vinculados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera (INCT) e a projetos do Programa Antártico Brasileiro (Proantar/CNPq).

— Essa missão custou cerca de 6 milhões de euros, valor superior ao investido pelo Programa Antártico Brasileiro para toda a ciência em quatro anos. Não teríamos como fazer tal missão se nós tivéssemos batido nas portas da comunidade internacional. Nossa missão explorou novas áreas da Antártica, a partir do ponto de vista brasileiro. O Brasil nunca havia feito uma participação na Antártica Oriental, e isso mostra que a comunidade científica brasileira tem a capacidade de organizar, não só cientificamente, mas logisticamente, as suas missões — completou.

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