O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
Dois tanques do governo militar israelense destruíram o portão principal e invadiram uma base da Unifil no domingo (13). Na ocasião, houve disparos de arma de fogo e cinco integrantes da missão de paz foram feridos. Mas o que é e qual a função da entidade?
Em 1978, a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) foi criada pelo Conselho de Segurança da ONU após a primeira invasão de Israel ao sul do Líbano, durante a Guerra Civil Libanesa (1975-1990).
O propósito era de confirmar a retirada das forças israelenses do território libanês, restaurar a paz e ajudar o governo do Líbano a recompor a autoridade local.
Em 1982, Israel invadiu o país vizinho pela segunda vez e estabeleceu uma zona de segurança, que existiu até 2000. Ainda no mesmo ano, a Unifil estabeleceu a chamada “Blue Line” (Linha Azul), uma aérea de 120 quilômetros para garantir a retirada completa de Israel.
Atualmente, os militares da Unifil têm o objetivo de monitorar violações da fronteira e manter a área segura. São mais de 10 mil militares de 50 países que compõem a missão, a maioria deles soldados, também conhecidos como “capacetes azuis”.
Apesar do caráter de paz, o efetivo pode usar a força em determinadas ocasiões para proteger civis e autodefesa. Anualmente, o papel da Unifil é renovado pelo Conselho de Segurança da ONU. O atual mandato está em vigência até 31 de agosto de 2025.
O Brasil conta com 11 militares atuando nas forças de paz; país liderou o braço naval da missão entre 2011 e 2021.
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