O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
O Rio Grande do Sul conta com apenas uma estação de monitoramento com a capacidade de analisar menores partículas inaláveis do ar nocivas à saúde. A estrutura fica no entorno do Polo Petroquímico de Triunfo e é operada pela Braskem, em parceria com a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).
A estrutura conta com a capacidade de analisar partículas inaláveis menores que 2,5 micra (MP2,5) — o parâmetro mais restritivo a ser monitorado, conforme recomendação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
As diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2021 apontam que tanto as MP2,5 quanto as MP10 (outro parâmetro) são capazes de penetrar nos pulmões, sendo que as MP2,5 podem entrar até mesmo na corrente sanguínea.
Nos últimos cinco anos, a Braskem investiu pouco mais de R$ 2 milhões na estação de monitoramento.
Além da estrutura de Triunfo, a Fepam conta com outras quatro estações, em Canoas, Esteio, Gravataí e Guaíba. A entidade está ampliando a rede com a contratação emergencial de estações móveis de monitoramento da qualidade e o contrato de três pontos fixos de monitoramento em Porto Alegre, Caxias do Sul e Santa Maria.
Nota da Fepam
A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) do Rio Grande do Sul informa que a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), órgão licenciador vinculado à Sema, mantém a Rede Automática de Monitoramento da Qualidade do Ar (Rede Ar do Sul), composta por cinco estações em operação no estado, em regiões com intensa operação industrial.
Integram a rede, que cobre a Região Metropolitana de Porto Alegre, duas estações da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas e Esteio; uma estação da General Motors do Brasil (GM), em Gravataí; uma estação da CMPC Celulose Riograndense, em Guaíba; e uma estação da Braskem, em Triunfo.
Para integrarem a rede, as estações precisam atender uma série de especificações técnicas, entre elas, operar conforme os métodos de referência ou equivalentes aprovados/certificados pela United States Environmental Protection Agency (US EPA).
A instalação das estações, de propriedade das empresas, é resultado de condicionantes previstas em seus licenciamentos como contrapartida ambiental. Todas estão ligadas a uma central localizada na sede da Fepam, por meio da qual é feito o acompanhamento diário da qualidade do ar a partir dos dados gerados. As informações são disponibilizadas ao público, diariamente, no site da Fundação. Os padrões de qualidade do ar adotados no monitoramento são os mesmos estabelecidos conforme Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) nº 506/2024.
Está em andamento a ampliação dessa rede, com a contratação emergencial de estações móveis de monitoramento da qualidade do ar, além da contratação de três novos pontos fixos de monitoramento do ar para Porto Alegre, Caxias do Sul e Santa Maria.
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