O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
O Ministério Público Federal (MPF) já encaminhou para perícia própria os estudos realizados pela Corsan — e aprovados pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) — que liberaram a obra de tubulação de esgoto tratado entre Xangri-Lá e o Rio Tramandaí. Também foram enviados os documentos do Movimento Unificado em Defesa do Litoral Norte Gaúcho (MOVLN), que são contrários à construção.
A expectativa do procurador da República Cláudio Terre do Amaral é de que a perícia fique pronta entre o final de outubro e o começo de novembro.
O estudo próprio do MPF será feito por duas peritas, que são engenheiras sanitaristas, sendo uma de Santa Catarina e uma do Rio Grande do Sul. A análise é interdisciplinar e também pode contar com a participação de outros técnicos, como biólogos e geólogos.
— O MPF tem um corpo pericial bem robusto, com vários peritos espalhados pelo Brasil inteiro — explica Amaral. — As duas peritas têm notório conhecimento na matéria — completa.
Iniciada no primeiro semestre deste ano no Litoral Norte, a obra que pretende encaminhar efluentes desde uma estação em Xangri-Lá até a bacia do Rio Tramandaí deu origem a um extenso debate ambiental.
No momento, a obra está suspensa por decisão judicial da 3ª Vara Cível da Comarca de Tramandaí. A Corsan garante que 100% do esgoto será tratado, com eficiência de 95%.
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