O resgate de Qaid Farhan Alkadi, que era mantido refém pelo grupo terrorista Hamas desde os atentados de 7 de outubro do ano passado, chama atenção por vários aspectos. Um deles é o fato de Alkadi ser cidadão israelense, mas um beduíno árabe que professa a fé muçulmana.
O dado chama atenção porque revela que o esforço pelo resgate, por parte de Israel, não diferencia judeus e não judeus. Mas o fato de serem cidadãos israelenses. Há outros árabes-israelenses mantidos como reféns.
Alkadi é o oitavo refém a ser resgatado vivo em Gaza pelos militares israelenses desde o início da guerra, em quatro operações distintas – mas é o primeiro a ser resgatado vivo de dentro dos terríveis túneis do Hamas.
Há ainda 108 reféns, segundo o Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos (Hostages and Missing Families Forum). Desses, o governo israelense acredita que cerca de 40 devem estar mortos - os corpos permanecem em Gaza. Ou seja, segundo essa hipótese, cerca de 70 ainda estariam vivos.
O ex-refém vive na comunidade beduína de Rahat, no sul de Israel. É casado com duas mulheres, conforme permitido pela fé islâmica, e tem 11 filhos. No trágico 7 de outubro, ele trabalhava como segurança no kibbutz Magen.