A 11º Vara de Justiça Federal, com sede em Porto Alegre, decidiu pela absolvição de dois ex-executivos da Taurus Eduardo Pezzuol e Leonardo Sperry, no caso de suposta venda de armamento para um traficante internacional no Iêmen.
A denúncia, em 2016, foi oferecida pelo Ministério Público Federal à Justiça Federal do Rio Grande do Sul, com base em reportagem da agência de notícias Reuters. Segundo o texto, os então executivos da empresa gaúcha eram acusados de enviar 8 mil pistolas e revólveres de uso exclusivo das forças policiais ao iemenita Mohammed Mana'a. O carregamento teria como destino o Djibuti, país do nordeste da África, mas teria sido redirecionado para o Iêmen por Mana'a.
Na decisão, tanto a Justiça Federal quanto o MPF reconheceram que não houve dolo (intenção) por parte dos executivos. O próprio MPF, autor da ação, concluiu que "considerando os elementos constantes nos autos, infere-se que são insuficientes os elementos de prova para a comprovação do dolo necessário aos delitos denunciados (...) entendendo-se haver dúvida razoável" e terminou pedindo a absolvição dos réus.
O Iêmen está na lista de países sob embargo da ONU desde 2014, logo, não pode receber armas.
À época, Pezzuol era gerente de exportação da empresa, e Sperry, supervisor de exportação. A Taurus não foi denunciada.