Lá se vão 27 dias da eleição de fachada venezuelana e nada das atas eleitorais. Aliás, alguém, além do presidente Lula, acreditava que Nicolás Maduro iria apresentar os comprovantes? Pois é, no próximo dia 28, completa-se um mês e, como opinou a coluna em 31 de julho, tudo ficará como está. Sem atas, sem novas cobranças e um silêncio sepulcral oriundo do Planalto sobre o tema.
Mais do que isso, o teatro de fantoches institucionais venezuelanos segue em marcha em busca de dar um verniz de transparência ao processo: depois que o Conselho Nacional Venezuelano (CNE), o órgão eleitoral deles, se apressou em consagrar Maduro vencedor nas primeiras horas da madrugada do dia seguinte e após um apagão de dados, na quinta-feira (22), o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ), a mais alta Corte do país, declarou reconhecer a reeleição do líder bolivariano na votação.
E para encerrar de vez a discussão: a Corte proibiu a divulgação das tais atas. Aliás, segundo o próprio TSJ, a decisão do tribunal é "inapelável".
Falta dizer que mude as letras e os órgãos, todos são apenas braços do chavismo-madurismo. Bem, com a decisão de tudo ficará como está, só falta Lula vir a público, por fim, com as condições dadas, vir a público dizer que não irá reconhecer a vitória de Maduro. Mas aí o furo é mais embaixo.
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