Rodrigo Lopes

Rodrigo Lopes

Formado em Jornalismo pela UFRGS, tem mestrado em Ciência da Comunicação pela Unisinos e especialização em Jornalismo Ambiental pelo International Institute for Journalism (Berlim), em Jornalismo Literário pela Academia Brasileira de Jornalismo Literário, e em Estudos Estratégicos Internacionais pela UFRGS. Tem dois livros publicados. Como enviado do Grupo RBS, realizou mais de 30 coberturas internacionais. Foi correspondente em Brasília e, atualmente, escreve sobre política nacional e internacional.

Direto de Dubai
Notícia

Porto Alegre consome até seis vezes mais água, em média, do que o recomendado pela OMS

Estudo contratado pela prefeitura foi divulgado durante a COP28

Rodrigo Lopes

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Anselmo Cunha / Agencia RBS
Situação do Arroio Dilúvio inspira cuidados

Mais cedo, a coluna mostrou um dos estudos que foram entregues, durante a COP28, em Dubai, à prefeitura de Porto Alegre sobre a situação climática da Capital

Esses documentos foram divulgados nesta terça-feira (5) e realizados pela consultoria técnica formada pela WayCarbon, em consórcio com o Iclei América do Sul, Ludovino Lopes Advogados e Ecofinance Negócios. Um dos trabalhos diz respeito às ameaças climáticas na Capital (você pode ler aqui).

O outro trabalho aborda o uso da água na Capital, a chamada "Pegada Hídrica":

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece que entre 50 e 100 litros de água são suficientes para uma pessoa por dia. O estudo indicou que, em 2022, conforme o abastecimento diário do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), Porto Alegre utilizou, em média, 328 litros de água por habitante. 

É muito, demais, eu afirmo.

No mínimo, é três vezes mais do que o recomendado pela OMS. No máximo, é seis vezes mais. 

Os porto-alegrenses precisam atentar para isso! Em ações diárias: ao lavar a louça, no chuveiro, ao regar plantas no jardim... 

Sobre o tratamento de esgoto, a chamada "Pegada Hídrica cinza", o trabalho indica o comprometimento da qualidade da água nos corpos hídricos (rios, arroios, Lago Guaíba). Isso se dá, em maior parte, devido ao esgoto não tratado (cerca de 40% do total gerado na cidade). As recomendações são para a universalização do tratamento de esgoto, melhora da qualidade dos arroios, rios e Lago Guaíba e ações de redução do consumo de água e de perdas na distribuição.

Conforme a diretora de Políticas e Projetos de Sustentabilidade, Rovana Reale Bortolini, que está em Dubai, participando da COP28, Porto Alegre precisa diminuir a "Pegada Hídrica azul" (referente à água potável). Em resumo: precisamos diminuir consumo de água

Para reduzir a pegada hídrica cinza, explica Rovana, é preciso aumentar a capacidade de tratamento do esgoto e ações para ligar, corretamente, os encanamentos (não ser misto, esgoto cloacal e pluvial) e não despejar resíduos diretamente nos arroios.

Os estudos irão nortear o Plano de Ação Climática de Porto Alegre na definição de medidas prioritárias para adaptar a cidade para as mudanças climáticas.

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