Na tarde desta terça-feira (5), Porto Alegre recebeu algumas "notícias" na COP28, a conferência do clima que ocorre em Dubai, a partir de dois estudos realizados pela consultoria técnica formada pela WayCarbon, em consórcio com o Iclei América do Sul, Ludovino Lopes Advogados e Ecofinance Negócios. Um dos trabalhos diz respeito às ameaças climáticas na Capital.
A coluna resume os estudos em duas partes.
Primeiro vamos falar sobre as ameaças climáticas: foi analisada a série histórica, entre 1995 a 2014.
Com isso, é possível prever o que pode ocorrer entre 2030 e 2050:
1) Os principais riscos à cidade são: inundação fluvial (transbordamento da água de rios, arroios e lagos), deslizamento e erosão (movimento de terra, rochas ou detritos em encostas), ondas de calor (dias muito quentes com temperaturas máximas acima da média por, pelo menos, três dias seguidos), secas meteorológicas (longos períodos sem chuva, resultando em falta d’água), vetores de arboviroses (presença do mosquito Aedes aegypti, dengue, zika, entre outros) e tempestades (combinação de ventos fortes e chuva elevada num intervalo curto de tempo).
2) Os bairros mais suscetíveis a ondas de calor são Bom Jesus, Vila João Pessoa, Bom Fim e Cidade Baixa.
É justamente nesses bairros que serão instalados os primeiros equipamentos para medição da qualidade do ar em Porto Alegre, conforme a coluna noticiou na segunda-feira (4).