O governo do Estado deu início neste sábado (9) à execução do chamado Plano de Governança Climática, que prevê uma série de iniciativas que visam a preparar o Rio Grande do Sul para enfrentar as mudanças climáticas.
Um dos pontos, conforme antecipou a coluna, será a revisão do inventário das emissões de gases que provocam o efeito estufa - ou seja, a atualização do mapa que vai mostrar quais setores mais emitem carbono.
O início dos trabalhos ocorreu, de forma simbólica, na COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, durante encontro entre a secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, e Rodrigo Perpétuo, secretário executivo do ICLEI América do Sul, uma ONG internacional que fornece consultoria técnica aos governos locais.
- A governança climática traz uma série de ações factíveis ao Rio Grande do Sul. Serão iniciativas que preveem uma entrega didática para que o Estado consiga cumprir os compromissos regionais e nacionais assumidos - afirmou Marjorie.
Segundo Daniela de Lara, coordenadora da Assessoria do Clima da Sema, a governança climática é o ponto de partida para o atingimento das metas.
- Para ter sucesso, é necessário o envolvimento e a colaboração de diversos atores, como governos, sociedade civil, empresas e organizações não governamentais. O objetivo da governança é realizar diagnósticos territoriais, definir metas e elaborar planos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, se adaptando às mudanças climáticas - afirma.
O investimento aplicado na governança climática é de R$ 1,5 milhão. O cronograma prevê a finalização das ações até 2025. Veja as etapas:
Governança Climática
Estabelecer uma estrutura de governança que envolva diferentes áreas do governo local ou regional, alinhada com compromissos internacionais. Prazo: até final de 2025.
Inventário de Emissões
Realizar um diagnóstico detalhado das fontes e do volume de emissões de GEE no território, capacitando a equipe técnica do governo local. Prazo: até final de 2024.
Análise de Riscos e Vulnerabilidade Climática
Coletar, modelar e analisar dados para identificar riscos climáticos atuais e futuros, bem como impactos e capacidades de adaptação, com o objetivo de orientar a tomada de decisões e a implementação de medidas de adaptação e mitigação. Prazo: até final de 2025.
Plano de Ação Climática
Desenvolver um plano que vise atingir a neutralidade de carbono até 2050, incluindo a redução das emissões de GEE e a adaptação às mudanças climáticas. Prazo: até final de 2025.
Descarbonização das cadeias produtivas
Avaliar emissões de carbono, estabelecer metas de redução, adotar fontes de energia limpa, promover práticas sustentáveis, melhorar a eficiência energética. Prazo: até final de 2025.
Normativa Climática
Atualizar e organizar fundamentações legais com a Política de Mudança do Clima do RS, em conformidade com as legislações nacionais e os acordos internacionais, bem como regular órgãos colegiados e espaços de participação social. Até final de 2025.