Com o julgamento do recurso especial que anulou o júri da boate Kiss marcado para o próximo dia 13 no Superior Tribunal de Justiça (STJ), pais, familiares de vítimas e sobreviventes da tragédia de Santa Maria voltam a Brasília a partir desta semana.
A pressão exercida pelo grupo, que fez vigília por várias semanas em frente ao STJ, deu resultado. Alguns foram recebidos pela presidente do órgão, ministra Maria Thereza de Assis Moura, em abril. Ela prometeu atenção especial à análise dos recursos apresentados pelo Ministério Público do Estado (MP-RS) para tentar reverter a decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), que anulou o julgamento.
Flávio Silva, que foi presidente da Associação dos Familiares e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), pai de Andrielle Righi, vítima da Kiss, retornou a Brasília nesta segunda-feira (29). Ele afirma que mais de 20 famílias começarão a viajar à capital federal para o julgamento do dia 13.
Se houver o entendimento de que a anulação foi inválida, o Tribunal de Justiça deve restabelecer a sentença com a condenação dos quatro réus e determinar a prisão deles.
O processo está a cargo da 6ª Turma do STJ O relator é o ministro Rogério Schietti.
