O ex-ministro das Relações Exteriores e secretário especial para assuntos internacionais do atual governo, Celso Amorim, está na Venezuela onde se encontrou com o ditador Nicolás Maduro.
A viagem foi mantida sob sigilo pelo Palácio do Planalto e só veio a público nesta quinta-feira (9) porque o líder venezuelano divulgou o episódio em seu perfil no Twitter. Até membros do Itamaraty se surpreenderam com a visita, segundo fontes consultadas pela coluna.
O Executivo já deixou clara a intenção de normalizar os laços com o país sul-americano, com quem o Brasil rompeu relações durante o governo Jair Bolsonaro.
Um dos objetivos da viagem é restabelecer relações entre os dois países. O Brasil reabriu a embaixada em Caracas, trabalho que foi liderado pelo encarregado de Negócios, embaixador Flávio Macieira.
Duas perguntas que ficam: por que esconder da imprensa a visita? Constrangimento ou temor de ser criticado por manter relações com uma ditadura, assim como a Nicarágua, a quem o Brasil evitou criticar nesta semana na Comissão de Diretos Humanos das Nações Unidas, em Genebra?
