Não foi o 4 de Julho esperado pelos americanos. Mas foi bem melhor do que no ano da desgraça de 2020.
Pela promessa do presidente Joe Biden, até o feriado da Independência americana, 70% dos adultos estariam vacinados contra a covid-19. Para um governo que cumpriu a meta de 100 milhões de imunizados antes dos 100 primeiros dias de mandato, não seria impossível. O 4 de Julho seria um marco da ressureição da nação, que lidera os macabros rankings de mortos e infectados pelo coronavírus.
Mas o feriado nacional chegou, e a Casa Branca não conseguiu cumprir a meta. Entretanto, está muito perto: 66,8% dos maiores de 18 anos estão imunizados. Considerando a população total, os EUA têm 54,7% de vacinados com ao menos uma dose e 47,1% com a imunização completa - lembrando que o país adota, entre outros produtos, a Janssen, que é dose única, e que estão sendo administradas vacinas a pessoas com entre 12 e 18 anos.
Há, portanto, muitos motivos para os americanos, sempre tão patriotas, se orgulharem: principalmente porque a média semanal de mortes diárias caiu 93,6% desde 20 de janeiro, data da posse de Biden - de 3.666 para 214. Houve desfiles em várias cidades do país.
Comemorar, sim. Mas com cautela. Se os óbitos despencaram, a média semanal de novos casos aumentou 9,1% na última semana. Isso deve-se principalmente à variante delta e ao fato de, no país onde sobram vacinas, muita gente ainda ser resistente - especialmente nos grotões da América, em áreas de eleitores republicanos.