Um sopro de liberdade paira sobre a União Europeia (UE) interna e externamente. No âmbito doméstico, vários países começam a reabrir suas economias, depois de meses de regras restritas de circulação por conta da covid-19 (veja lista abaixo).
No âmbito do bloco, a Comissão Europeia recomendou que as nações reabram suas fronteiras no mês que vem para a entrada de viajantes que já tenham tomado as duas doses de vacina contra o coronavírus ou que sejam provenientes de países onde a transmissão esteja sob controle - o que ainda não inclui o Brasil seja porque nossos índices ainda estejam altos, seja por conta variante do Amazonas. Há ainda a questão da CoronaVac, o imunizante mais aplicado por aqui e ainda não aprovado para uso pelas autoridades sanitárias da UE - o que deve ocorrer nos próximos dias.
Vai ser um verão, que começa em 21 junho no Hemisfério Norte, mais próximo do velho normal, com bares, restaurantes, museus e praias reabertos. Há vários fatores que, nas últimas semanas, contribuíram para o alívio das regras de restrição _ e todos eles têm a ver com a aceleração das campanhas de vacinação. Desde que o Ocidente começou a aplicar doses do imunizante, a UE patinava, vendo o vizinho Reino Unido, os Estados Unidos e até nações em desenvolvimento, como o Chile, passando na frente. As questões contratuais com a AstraZeneca, que fabrica a vacina de Oxford, contribuíram muito para o atraso. Mas havia também problemas internos de logística nos países e excesso de burocracia, que entravava a chegada das doses aos braços dos europeus.
O ritmo da vacinação ganhou tração. Entre 6 de abril e 6 de maio, o número de doses diárias aplicadas no bloco aumentou 83%. A UE aplica hoje, em média, 3 milhões de doses por dia, um índice maior do que os Estados Unidos. Se esse ritmo continuar, até outubro, quando os primeiros ventos do outono apontarem no continente, a região terá imunizado 75% dos 446 milhões de habitantes.
Veja como alguns países estão retomando as atividades
Espanha
O país suspendeu, neste domingo (9), o estado de alarme em vigor desde outubro, permitindo a seus habitantes deixar suas regiões se encontrar com parentes após meses de restrições significativas. Em muitas áreas também significou o fim do toque de recolher vigente por meses.
Bélgica
Depois de quase sete meses, as áreas externas de cafés e bares reabriram.
Alemanha
Mais de 7 milhões de vacinados começaram a se beneficiar do relaxamento das restrições e agora podem ir ao cabeleireiro sem um teste negativo, entre outras coisas.
Grécia
O país irá reabrir seus museus na sexta-feira, após seis meses em que ficaram fechados. Bares e restaurantes voltaram a funcionar na semana passada. As praias foram reabertas no sábado.
Itália
Começou a reabrir gradualmente em abril. Encerrou neste domingo seu estado de emergência.
Portugal
Museus, áreas externas de restaurantes e escolas de ensino médio voltaram a abrir no dia 3.
França
Deu início ao desconfinamento em quatro etapas na segunda-feira (3), com o fim da necessidade de autorizações para viagens de mais de 10 quilômetros. A partir do dia 19, o toque de recolher será aliviado, e as lojas não essenciais, fechadas desde março, poderão reabrir com restrições de lotação.