Desde que países como Israel, Chile, Reino Unido e Estados Unidos aceleraram a vacinação contra a covid-19, a coluna vem alertando para o baixo índice de imunização em países desenvolvidos da Ásia e que, na primeira onda, conseguiram conter a níveis baixos as infecções e mortes. São os casos de Coreia do Sul e Japão, por exemplo.
A exatos três meses da data prevista para início da Olimpíada de Tóquio, nesta sexta-feira (23), o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, declarou estado de emergência na capital e em outras três regiões do país (Osaka, Kioto e Hyogo) na tentativa de conter o crescimento dos casos. A partir de domingo (25), estarão fechados restaurantes, bares e karaokês que servem bebidas alcóolicas, além de grandes eventos esportivos realizados sem público.
As restrições se estendem a lojas de departamentos, cinemas e outras instalações comerciais com mais de mil metros quadrados.
O país foi um dos exemplo de sucesso na contenção do coronavírus na primeira onda, com forte ações de testes e rastreamento de casos. Em 12 de outubro do ano passado, por exemplo, registrou apenas 252 novos casos em 24 horas. Antes, em junho, enquanto a Europa vivia o auge da pandemia em 2020, o país asiático registrava 35 novos casos por dia.
Hoje, o Japão totaliza 558.368 infecções e 9.825 mortos, conforme a Universidade Johns Hopkins.
Nos últimos dias, entretanto, há alta de casos, com média móvel de 4.509 novas infecções diárias. O número ainda está distante do pico de 6.445 registrado em janeiro, mas representa uma alta de quase 250% em relação à média registrada há 30 dias.
Chama atenção o índice baixo de vacinação. O país aplica 1,99 dose para cem habitantes, segundo o monitor da Universidade de Oxford. Com duas doses, então, o índice é ínfimo: apenas 0,67% da população está totalmente imunizada. O Japão utiliza o produto da Pfizer/BioNTech.