A esta altura da apuração nos Estados Unidos, tudo indica que a região do Meio-Oeste americano deve decidir quem será o presidente, a exemplo do que ocorreu em 2016. Depois da vantagem consolidada de Donald Trump na Flórida (ainda que não tenha terminado a apuração lá), a definição deve ficar para Pensilvânia, Ohio e Wisconsin. São Estados do chamado Cinturão da Ferrugem, berço da indústria pesada americana, que foi fundamental para Trump vencer quatro anos atrás. Um ditado famoso nos Estados Unidos diz que "Para onde Ohio for, vai a nação". Ninguém leva a Casa Branca sem ganhar ali.
O "Texas dream" ("sonho do Texas"), como a mídia americana estava chamando a vantagem dos democratas inicialmente parece ter acabado. Trump está na frente, como era de se esperar.
A se confirmar a derrota de Joe Biden na Flórida, será um banho de água fria na campanha democrata. Foi lá que Hillary Clinton começou a perder a Casa Branca em 2016.
São resultados iniciais. Por isso, é necessário cautela. Os votos pelo correio, que foram estimulados pela campanha de Biden em função da pandemia, tendem a ser majoritariamente democratas. Eles provavelmente são contados mais tardiamente. Não é impossível pensar que os votos que estão sendo contabilizados neste momento sejam os da terça-feira (3) - o que indicaria essa pequena "onda Trump".
As pesquisas eleitorais começam, de novo, a ser questionadas. Não será uma vitória fácil para Biden, se ela vier. O otimismo, neste momento, está no campo republicano.