Países que realizam eleições nesse 2020 de pandemia enfrentam um desafio a mais em relação a pleitos anteriores: além de zelar a lisura do processo eleitoral, autoridades precisam colocar em prática medidas sanitárias para garantir acesso de eleitores a pontos de votação, sem colocar em risco a saúde.
Nos Estados Unidos, país que lidera o ranking de mortos e infectados pela covid-19 e elegerá o presidente em 3 de novembro, uma das iniciativas foi ampliar o voto pelo correio - prática que é alvo de críticas por parte do presidente Donald Trump, que tem denunciado risco de fraudes, ainda que não tenha apresentado provas.
Nesse quesito inovação em tempos de pandemia, a Lituânia, pequeno país báltico, tem dado exemplo ao mundo. A eleição legislativa, que estava prevista para domingo (11), ocorrerá em razão do coronavírus durante cinco dias para que sejam evitadas aglomerações. Começou nesta quarta-feira (7). Lá, os eleitores recebem orientações por meio de mensagens no smartphone: "Atenção, quando for votar, traga sua identificação, tenha sua própria caneta e use máscara", dizia um dos textos enviados pela comissão eleitoral.
Quem está em quarentena por ter testado positivo para covid-19 ou preferir seguir em isolamento, deve ligar para um número de telefone e se registrar para votar em casa. O uso de mensagens de texto é habitual em casos de emergência no país, como alertas meteorológicos ou ameaças terroristas.
Para que se evite grandes fluxos de pessoas no domingo, os idosos ou integrantes de grupos de risco são incentivados a votar antes. Excepcionalmente, até sábado o eleitor pode votar em qualquer ponto de votação, não sendo obrigado a exercer seu direito nas seções onde estão registradas.
Uma das novidades é a votação em pontos de drive-thru. Neles, o eleitor ingressa de carro, recebe a cédula por meio de um funcionário protegido por uma cabine e deposita o voto em papel na urna. Tudo sem sair do veículo.