Depois do show de horrores do primeiro duelo entre Donald Trump e Joe Biden ao vivo na TV, em 29 de setembro, a comissão que organiza debates presidenciais nos Estados Unidos anunciou que, no próximo encontro, na quinta-feira (22), os microfones poderão ser cortados pelo moderador.
Enfim, a tecla "mute" que tanto fez falta no duelo em Cleveland, Ohio, poderá ser acionada.
O ideal é que não fosse necessária essa medida. O diálogo aberto é saudável e fundamental para a democracia. Ainda mais quando estão frente a frente dois competidores que desejam exercer a presidência da maior potência econômica e militar do planeta. Vê-los como se comportam enquanto o rival fala é, em tese, uma observação importante para a tomada de decisão do eleitor.
Mas, quando, infelizmente, não se cumprem regras pré-determinadas, a medida se torna não apenas urgente, mas sobretudo uma questão de organização. No debate do dia 29, Trump simplesmente não deixou Biden falar. Não pela força dos argumentos, mas por uma estratégia de inviabilizar o debate na gritaria e na interrupção.
O último duelo será realizado em Nashville, Tennessee, terá 90 minutos e será dividido em seis blocos de 15 minutos cada. Cada candidato terá dois minutos em que poderá falar sem ser interrompido pelo rival. Após esse período, haverá discussão aberta, sem que o moderador corte o microfone dos oponentes. Porém, se houver interrupção, o tempo será descontado.