No Rio Grande do Sul, autoridades, pais, estudantes e professores debatem o retorno às aulas presenciais. Este é um dilema que outros países já enfrentaram, sobretudo aqueles onde os casos de coronavírus atingiram o pico e, depois, começaram a diminuir. Veja alguns exemplos.
Reino Unido
O retorno gradual estava previsto para o final de junho no Reino Unido. Mas o governo recuou e anunciou que a retomada não deveria ocorrer até setembro. Apenas as escolas primárias recomeçaram em 1º de junho. A reabertura gradual mostrou que algumas instituições não têm espaço suficiente para receber as crianças mantendo o distanciamento entre elas. Também explicitou que nem todos os colégios conseguem manter apenas 15 alunos por turma, como havia sido determinado.
Coreia do Sul
O país retomou as aulas em maio - os primeiros a regressarem foram os alunos do último ano do Ensino Médio, que farão vestibular em dezembro. Há rígido controle na entrada das instituições na Coreia do Sul: cada estudante precisa passar por uma inspeção de temperatura corporal. Cada um recebe um kit com material desinfetante para higienizar as mãos e mesas. Algumas receberam divisões de acrílico.
Argentina
A primeira província argentina a retomar as aulas desde 20 de março foi a de San Juan. Não há recreio, no pátio há marcações para que haja distanciamento de pelo menos cinco metros entre os alunos. Os professores ficam a dois metros de distância dos estudantes, além de usarem máscaras. Em Buenos Aires e outras províncias não há previsão de retorno.
Dinamarca
As classes são agora com 10 alunos, que saem de cinco em cinco para o recreio e com uma organização temporal e espacial que minimiza os contatos.
Espanha
O recomeço nesse que é um dos países mais atingidos pelo coronavírus na Europa está previsto para setembro. O retorno será escalonado, com frequência voluntária e dependendo da situação de cada uma das 17 regiões autônomas, sendo o distanciamento físico de 1,5 metro.
França
Reduziu à metade o tamanho das turmas, de 30 para 15, adotou medidas de higiene e desinfecção e permitiu que as crianças continuassem acompanhando as aulas de casa, pela internet. Os ensinos infantil e fundamental foram os primeiros a retornar, mesmo assim houve novos fechamentos temporários em razão de surtos pontuais.
Estados Unidos
No país, o debate é parecido com o Brasil. Trump defende que as escolas devem abrir no outono, indicando um retorno à normalidade que possa lhe favorecer na eleição. O Congresso não aprova recursos que parlamentes de ambos os lados consideram necessários para a retomada segura. O ano letivo já começou em várias partes do país e em outras não se tomou a decisão final sobre como iniciar a retomada. Até o momento, dos 20 maiores distritos de escolas de ensino fundamental e médio, 17 planejam abrir apenas por meio de ensino à distância. Pesquisa do The Washington Post mostrou que 44% dos pais preferem que as escolas ofereçam mistura de aulas online e presenciais, 39% optam por tudo virtual e 16% querem tudo presencial. Os sindicatos dos professores insistem que não é seguro abrir salas de aula.