Durante os protestos nos motivados pela morte de George Floyd por um policial branco, em Minneapolis, foram registrados vários casos de detenções e ataques de forças de segurança contra jornalistas que cobriam as manifestações.
Mais de 400 violações à liberdade de expressão foram registradas pelo US Press Freedom Tracker, incluindo mais de 40 detenções e 125 agressões de policiais a membros da imprensa.
O clima hostil ao trabalho da imprensa levou a Associação Mundial de Jornais - Fórum Mundial de Editores (WAN-Ifra) a escrever uma carta ao presidente Donald Trump, para cobrar que os autores dos ataques sejam levados à Justiça (leia a íntegra aqui, em inglês).
A carta é assinada por entidades de 40 países, entre eles a Associação Nacional de Jornais (ANJ), do Brasil. O documento também insta o presidente Trump "a condenar com força esses ataques e a mostrar apoio inabalável à imprensa livre".
O texto, encabeçado pelo presidente da WAN-Ifra, Fernando De Yarza Lopez-Madrazo, e pelo presidente do Fórum Mundial de Editores, Warren Fernandez, é co-assinado por 20 associações nacionais e 45 editores individuais, além de CEOs, editores-chefes e executivos de mídia de todo o mundo.
O documento endereçado à Casa Branca pede investigações completas sobre os ataques a profissionais da mídia relatados ao US Press Freedom Tracker.
“Se a justiça deve ser distribuída a todos, se o país deve abordar as falhas históricas na raiz desses protestos mais recentes e iniciar o longo processo de cura, então cidadãos, legisladores e policiais precisam de informações independentes e confiáveis para ajudá-los nesse processo. Os jornalistas precisam operar livremente e em segurança, sem medo de ataques”, diz o texto.
A carta pede ao presidente Trump que "considere cuidadosamente" seu poder de influenciar ações e opiniões, tanto em casa como no exterior, e "que encontre a linguagem apropriada que impeça a violência e proteja os jornalistas de novos ataques"