Na quarta-feira (1º de julho), a União Europeia (UE), com tons de celebração pós-Segunda Guerra Mundial, irá se reabrir ao mundo depois de cerrar, pela primeira vez em sua história, as fronteiras do bloco ao resto do planeta devido à covid-19. Nesse momento, pela lista preliminar divulgada nesta segunda-feira (29), o Brasil ficará de fora.
Segunda nação com maior número de infectados e mortos por coronavírus do mundo, o Brasil não está na relação preliminar divulgada pela Comissão Europeia de países que serão admitidos na UE.
O país paga o preço concreto da má gestão da pandemia. Pelos critérios estabelecidos pelo bloco, não serão aceitos viajantes oriundos de territórios onde o coronavírus está descontrolado. Além de Brasil, México, Estados Unidos e Rússia, nações com altas taxas de contágio, estão de fora.
A primeira lista vale por 15 dias, depois haverá reavaliação. Nessa primeira relação, finalizada nesta segunda-feira (29) em acordo preliminar, constam 14 nações, entre elas Canadá, Coreia do Sul, Japão, Marrocos e Austrália. A China, que seria a 15ª nação, ficou de fora porque não houve acordo de reciprocidade - ou seja, que europeus também pudessem entrar no gigante asiático.
O quesito principal levado em conta nos debates são os níveis de infecção - que precisam estar equivalentes aos existentes neste momento na Europa (16 casos por 100 mil habitantes). O Brasil, por exemplo, tem taxa de contaminação de 192 para 100 mil habitantes). Na América do Sul, apenas o Uruguai se enquadra.
Os países cujos cidadãos poderão entrar na UE: Argélia, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Geórgia, Japão, Marrocos, Montenegro, Nova Zelândia, Ruanda, Sérvia, Tailândia, Tunísia e Uruguai.
Reino Unido, que está no processo de transição do Brexit, foi considerado membro da UE para essa decisão: portanto, cidadãos britânicos têm sinal verde no bloco. Também estão liberados Andorra, Mônaco, San Marino e Vaticano.