A repercussão internacional da demissão do ministro Sergio Moro, nesta sexta-feira (24), começou pela Europa, onde ex-juiz federal conquistou fama em razão da operação Lava-Jato e era considerado símbolo da luta contra a corrupção.
O Diário de Notícias, também de Portugal, salientou a frase de Moro: “Autonomia é essencial”, também em referência à acusação de que o presidente Bolsonaro teria buscado agir na PF.
Na Espanha, o jornal El País afirma que Moro saiu devido às ingerências de Bolsonaro e destaca que ele era o membro mais popular do ministério.
A revista Spiegel, da Alemanha, destaca que a saída de Moro é a segunda baixa importante no governo em um curto período de tempo (a primeira foi o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta).
Le Figaro, na França, destaca as “ingerências políticas do presidente” nos assuntos jurídicos.
Do outro lado do Canal da Mancha, no Reino Unido, The Guardian salientou que a saída de Moro ("estrela", segundo o jornal) cria um conflito político no momento em que o Brasil enfrenta o coronavírus. Também destaca que o ex-ministro é uma figura admirada pela direita brasileira.
Nos Estados Unidos, The Washington Post destacou a fama de Moro no combate à corrupção.
O Clarín, de Buenos Aires, destacou a “ola de cacerolazos” (onda de panelaços) registrada em algumas cidades brasileiras no momento do anúncio da saída do ministro: “Renunciou o ministro Sergio Moro no Brasil: dólar dispara e cai a Bolsa de São Paulo”, foi o título.