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Do continente americano à Ásia, passando por Europa e Oriente Médio, a demissão do ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta repercutiu nos principais veículos de comunicação internacionais nas últimas horas.
As abordagens variam entre a surpresa, a curiosidade e a crítica sobre a troca de comando em meio à crise global do coronavírus. Alguns jornais destacaram a popularidade do ministro e sua queda em razão das divergências com o presidente.
Nos Estados Unidos, The Washington Post destaca a disputa entre Mandetta e Bolsonaro e narra sucessivos embates entre o ministro e o presidente, destacando a frase do chefe da nação, segundo o qual, a pandemia seria “uma gripezinha”: “O esforço (do presidente) para retomar a economia iniciou um confronto direto com Mandetta, que se tornou voz de resistência dentro do governo”, afirma a reportagem.
Também em território americano, The New York Times afirma no título: “Bolsonaro do Brasil demite ministro da Saúde depois de disputa por causa do vírus”.
Na América Latina, os principais jornais salientaram a troca de comando. O argentino Clarín, de Buenos Aires, considerou a decisão “esperada”, já que havia “curtos-circuitos” entre os dois. O texto analisou “os enormes riscos políticos e de saúde” no momento em que “se espera que o país entre no momento mais agudo da pandemia em breve”.
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Do outro lado do Atlântico, na Europa, jornais de Reino Unido, França e Alemanha. The Guardian, de Londres, informou “Bolsonaro demite popular ministro da Saúde depois de disputa sobre a resposta ao coronavírus”, afirma o título da reportagem. O texto destaca ainda: “Presidente de extrema-direita minimizou o impacto do coronavírus”.
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Le Figaro salientou “profundas divergências” entre chefe e subordinado e destacou que Mandetta anunciou sua saída pelo Twitter, após reunião com o presidente: “Brasil demite seu ministro da Saúde em plena crise do coronavírus”, diz o título.
Também em Paris, Le Monde destaca que Mandetta era “símbolo da luta contra a covid-19 no Brasil”. O texto qualifica a saída do ministro em plena crise como “bombástica”, mas que não surpreendeu. A reportagem afirma que uma “verdadeira guerra fria” se instalou em Brasília entre os dois políticos, trata Bolsonaro como “coronacético” e Mandetta como “corona-alarmista”.
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O alemão Süddeutsche Zeitung ressalta as semelhanças entre Mandetta e Anthony Fauci, principal assessor do governo Donald Trump para a pandemia e que, com frequência, também entra em confronto direto com o presidente. O título da reportagem destaca que Mandetta era o homem que ficava no caminho de Bolsonaro.
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Em Portugal, o Diário de Notícias afirma: “A saída de Mandetta era esperada a qualquer instante”. Também salientou as declarações do presidente sobre o assessor, segundo o qual Mandetta estava sendo “arrogante” e “falando demais”.
A emissora árabe Al-Jazeera destaca que a saída se deu em meio à tensão sobre as respostas do país à covid-19.
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Do outro lado do mundo, em Singapura, país que virou exemplo mundial de combate à pandemia e que, agora, enfrenta uma segunda onda, o The Straiths Times destacou: “Ministro da Saúde do Brasil demitido após confrontos com o presidente Bolsonaro”.
Na China, local onde o coronavírus surgiu, o jornal China Daily destaca a disputa entre Bolsonaro e Mandetta, que culminou na troca no comando da pasta.