Desde o início da pandemia e até a noite de segunda-feira (20), o governo brasileiro apoiou o retorno de 17.770 cidadãos que estavam retidos no Exterior, segundo o Itamaraty.
Uma das operações mais complexas envolveu a contratação de seis voos da TAP para trazer de volta 1.449 brasileiros que estavam em Portugal. Cinco viagens já foram feitas - a sexta deve ocorrer nos próximos dias, repatriando mais 300. De Madri, também partiu um voo fretado com 339 brasileiros que estavam na capital espanhola, em Barcelona, em Genebra e em Zurique. Houve operações semelhantes e complexas também na América Latina, na África e na Ásia.
Conforme o governo, 3,8 mil cidadãos ainda aguardam repatriação, em 78 países. A maioria é de viajantes cujos voos de volta foram cancelados pelas companhias aéreas devido à pandemia. Vários países impuseram restrições à aviação comercial como forma de contenção do coronavírus.
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), 95% da malha internacional foi suspensa. Com isso, os brasileiros que estavam no Exterior passaram a depender de voos fretados para voltar ao país. Em alguns países, as medidas de isolamento incluíram a proibição de circulação nas ruas, o que impossibilitou muitos brasileiros de sair de casas ou hotéis para se dirigirem aos aeroportos. Nesses casos, os consulados brasileiros prestaram apoio para o deslocamento, inclusive com a locação de ônibus.
Para dar conta dos pedidos de assistência, o Itamaraty criou o Grupo Especial de Crise para Assuntos Consulares e Migratórios (G-CON). A coluna solicitou o custo total dos fretamentos de voos e aluguel de ônibus e aguarda resposta por parte do Ministério das Relações Exteriores.