Localizada na Ile de la Cité, a catedral de Notre-Dame (Nossa Senhora, em português), atingida por um incêndio nesta segunda-feira (15), é um dos pontos turísticos mais visitados do mundo. Recebe em média 13 milhões de turistas por ano. Supera o Museu do Louvre e a Torre Eiffel, também em Paris.
Sua história e bens culturais tornam o templo relíquia da humanidade. Foram 182 anos de construção — entre 1163 e 1345 — em estilo gótico.
Cercada pelas águas do Rio Sena, o prédio impressiona: tem uma nave de 127 metros de comprimento, 48 metros de largura e 35 metros de altura, tem capacidade para receber 9 mil fieis.
Entre os bens mais importantes está um órgão do século 17 que funciona perfeitamente, estátuas de bronze (removidas por conta das obras pelas quais a catedral passava) e pinturas religiosas.
Há também relíquias da cristandade de valor inestimável, como o fragmento do que seria a cruz de Cristo, a coroa de espinhos e o prego sagrado.
Estão lá a estátua Pietà dans le Choeur, uma imagem de Joana D’Arc (beatificada no templo) e a Galeria dos Reis, com 28 estátuas de 3,50 metros de altura cada, representando figuras do Antigo Testamento e monarcas franceses.
Outra de suas belezas é Rose Window, de estilo gótico, do século 13, e tida como a maior janela de vidro do mundo.
Seu interior foi palco de cenas históricas como a coroação de Henrique VI da Inglaterra, em 1431, e de Napoleão Bonaparte e sua esposa, Josefina, em 1804.