Cerca de 16 horas e meia de erupção do vulcão de Fogo (volcán del Fuego, em espanhol) resultaram em pelo menos 62 pessoas mortas, 46 feridas e na retirada de milhares na Guatemala. Segundo o Instituto Nacional de Ciências Forenses (Inacif), a avalanche de lama e cinza incandescente arrasou vários povoados. Os departamentos mais afetados são Escuintla, Sacatepéquez e Chimaltenango.
– Se desta vez nos salvamos, em outra, não (conseguiremos) – disse à agência de notícias AFP Efraín González, 52 anos, levado para um abrigo de Escuintla, com a mulher e a filha de um ano.
O desespero toma conta de González, pois o filho de 10 anos e a filha de quatro do casal eram considerados desaparecidos até a noite de ontem. A casa da família foi atingida pela lava.
O vulcão, de 3.763 metros de altura, cuspiu colunas de cinzas que chegaram a 6 mil metros. Imagens mostram corpos no chão e veículos destruídos. O presidente guatemalteco, Jimmy Morales, decretou três dias de luto e estado de emergência ou de calamidade nos departamentos atingidos.
Alemanha, Canadá, Espanha, EUA, Reino Unido, Itália, Suécia, Suíça, França, União Europeia, além do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Mundial (Bird), Fundo Monetário Internacional (FMI), Organização dos Estados Americanos (OEA) e o sistema das Nações Unidas na Guatemala, expressaram solidariedade e apoio.
A última erupção do vulcão de Fogo havia sido em setembro de 2012.