Donald Trump costuma tuitar logo nas primeiras horas da manhã. E não raro é possível aferir o humor presidencial por meio de seus posts na rede social. Nesta terça-feira, por exemplo, pode-se dizer que acordou de mau humor.
O motivo: a capa do The New York Times, que, na noite anterior, já havia antecipado em seu site as perguntas que o procurador especial que investiga as suspeitas de interferência russa nas eleições presidenciais nos EUA, Robert Mueller, já tem preparadas para fazer a ele.
Mueller quer saber, por exemplo, quais eram os vínculos do presidente com a Rússia - quando ainda era empresário da construção civil -, faz perguntas sobre a sua intenção de se reunir com Vladimir Putin e quer saber se o atual presidente ou sua equipe tinham conhecimento dos ataques lançados a partir da Rússia à sua adversária, Hillary Clinton, durante a campanha eleitoral.
Vale destacar que Trump não tem obrigação de responder. Mas se decidir contestá-las e for pego em contradição ou mentira, o Congresso pode abrir um processo de impeachment.
A reportagem do Times, um furo jornalístico, estragou o café da manhã do presidente, que foi para o Twitter afirmar em dois posts:
"(...) Inventaram um delito absurdo, o conluio, que nunca existiu e uma investigação que começou com um vazamento ilegal de informações confidenciais. Legal!"
"Pareceria muito difícil obstruir a Justiça por um crime que nunca foi cometido! Caça às bruxas!".