O governo do ditador sírio, Bashar al-Assad, é acusado de ter realizado um novo ataque com armas químicas. Pelo menos 21 casos de asfixia, principalmente em crianças, foram relatados nesta segunda-feira na região de Guta Oriental, enclave rebelde a leste de Damasco.
A ONG responsável pela denúncia é o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), que teria testemunhado lançamento de foguetes na área oeste da cidade de Duma. Uma fumaça branca teria se espalhado pelo local após as explosões.
Em um hospital da Duma, bebês envoltos em cobertores, carregados por parentes respiram com ajudade de máscaras de oxigênio, conforme correspondentes internacionais na região.
O uso de armas químicas já havia sido denunciado este ano pelo diretor da organização Human Rights Watch (HRW), Kenneth Roth.
— Sem surpresa, Al-Assad retomou o uso de armas químicas. O gás de cloro foi usado durante o cerco a Guta Oriental — afirmou Roth.
Em abril de 2017, um ataque com gás sarín na cidade de Khan Sheikhun matou pelo menos 80 pessoas, entre elas muitas crianças. A ação motivou o governo dos Estados Unidos a lançar um bombardeio sem precedentes contra uma base aérea síria.