Rodrigo Lopes
Certo dia, sentado a sua mesa no tribunal de Honolulu, Estado americano do Havaí, o juiz Steven Alm digladiava-se com a missão a que se desafiara ainda no tempo de promotor de Justiça: reduzir a reincidência entre criminosos do sistema de liberdade condicional, semelhante ao falido semiaberto brasileiro. Era 2004, e ele chegava a presidir audiências com mais de 20 violações da condicional, como uso de drogas e ausências nas entrevistas com oficial de Justiça a que todo réu deveria comparecer periodicamente. Foi quando lembrou das lições que ensinava a seu filho de dois anos. Combinava as regras e, se o menino as transgredisse, a consequência viria de forma imediata e proporcional. Se dava certo com uma criança, funcionaria com criminosos? Alm resolveu testar. Criou o Hope, palavra que significa “Esperança” e serve de sigla para Hawaii’s Opportunity Probation with Enforcement (Oportunidade de Condicional sob Coação do Havaí).
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