Rodrigo Lopes
Chama atenção o silêncio do Partido Democrata diante dos sucessivos escândalos dos primeiros meses do presidente Donald Trump. A um primeiro olhar, pode-se imaginar que a derrota de novembro – quando praticamente todas as pesquisas mostravam que Hillary Clinton era a favorita – provocou um trauma tão profundo em suas fileiras que a legenda ainda não se recuperou. Lembro bem os olhares atônitos dos eleitores, na noite da eleição, enquanto, no Rockefeller Center, em Nova York, os telões mostravam Hillary perdendo um a um os Estados-chave. Houve uma migração de repórteres e fotógrafos, que estavam preparados para a festa da vitória da democrata, para a Trump Tower, a algumas quadras dali. A comemoração seria do bilionário “republicano” (entre aspas assim porque, até o último momento, os caciques do partido não haviam engolido Trump).