Depois do Brexit e da vitória de Donald Trump, o populismo sofreu sua primeira derrota. Com eleições importantes na Europa em abril (França) e em setembro (Alemanha), veja quem ganha e quem perde com o fracasso de Geert Wilders na eleição na Holanda.
QUEM GANHA
- Angela Merkel, que tenta o quarto mandato na Alemanha, em 24 de setembro.
- François Fillon, candidato de centro-direita, do partido Os Republicanos, e Emmanuel Macron, centrista, do En Marche, que disputam a presidência da França, em 23 de abril.
- Liberais de direita (pró-Europa), mas com um pé atrás sobre as exigências fiscais de Bruxelas.
- Democratas cristãos.
- Liberais de esquerda (pró-Europa).
QUEM PERDE
- Frauke Petry, líder do Alternativa para a Alemanha (AfD), que disputa com Merkel o poder nas eleições.
- Marine Le Pen e seu partido xenófobo, Frente Nacional, que têm boas chances de chegar ao segundo turno na França.
- Políticos eurocéticos, como o italiano Matteo Salvini e o austríaco Harald Vilimsky.
- Donald Trump.
- Thereza May, a primeira-ministra britânica, que, ao dar a largada no Brexit, agora com aval da rainha Elizabeth II, não pareceu muito preocupada com isso.
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Em tempo, Geert Wilders, o líder populista holandês, não conseguiu chegar a primeiro-ministro na eleição de quarta-feira, mas vai fazer bastante barulho na oposição. O fato de ter estado à frente nas pesquisas durante toda a campanha mostra que muitos eleitores apostam em sua política de fechar fronteiras e de sair da União Europeia. Os holandeses seguraram a onda populista, mas, com 53 anos, Wilders tem longa estrada pela frente, será forte no parlamento e voltará com força no próximo pleito.