Algumas verdades precisam ser bem colocadas em relação ao empate do Inter em 1 a 1 contra o Atlético-GO, no domingo (28). A primeira delas é que a torcida presente no Beira-Rio não deixou de apoiar em nenhum momento da partida. Ao contrário do que se queixou o técnico Eduardo Coudet em coletiva pós-jogo.
Claro que sempre têm 10 ou 15 torcedores que ficam xingando e protestando, mas não representaram a maioria — e, mesmo assim, eles possuem o direito de cobrar. Eu estava lá, narrei a partida e ouvi em alto e bom som os tradicionais cânticos da torcida colorada.
Coudet faz injustiça com quem está lhe apoiando. Em sua primeira passagem, quando fazia boa campanha na competição de pontos corridos, deixou o clube. Mesmo assim, foi recebido com respeito e entusiasmo em seu retorno. Foi um dos responsáveis, também, pela vitória de Alessandro Barcellos na eleição contra Roberto Melo, no final da última temporada.
O problema é que foi eliminado no Gauchão, e a torcida está farta de tantas decepções. Mesmo assim, Coudet tem o apoio da grande maioria dos colorados, mas foca somente neste pequeno grupo que reclama. Faz parte do jogo. Como profissional de futebol, deveria saber lidar com esta situação, reclamar menos e acertar mais.
Outra verdade é que o Inter jogou muito pouco contra o Atlético-GO. Desperdiçou pelo ralo dois pontos extremamente preciosos, justamente no ano em que o presidente do clube disse que o Brasileirão é a competição prioritária.
Aliás, Barcellos, em manifestação, reclamou muito da arbitragem de Edna Alves. Está certo, ela não marcou um pênalti claro. Mas faltou explicações por parte dele. O presidente fez investimentos altíssimos, gastou muito dinheiro, inflacionou a folha de pagamento e o time não jogou nada. A torcida merece explicação.