O Inter contratou um treinador que tem por hábito exigir velocidade e intensidade dos times que treina. Ao mesmo tempo a direção colorada lhe entregou um time repleto de jogadores veteranos. O jogo contra o Cuiabá escancarou este grave equívoco.
Jogou com intensidade máxima no início do jogo. Empurrou o Cuiabá para trás, criou situações de gol, marcou um belo gol com o lateral Bustos. Um torcedor ouvido pelo Douglas Demoliner, repórter da Rádio Gaúcha, afirmou aos 30 minutos do primeiro tempo que aquele time que ele estava vendo em campo, com linhas avançadas e muita intensidade, era promissor.
Mas os veteranos foram parando. O time tomou um gol de cabeça. No segundo tempo, só o Cuiabá jogou. Mercado foi expulso porque teve de fazer duas faltas pela repetição dos ataques do adversário. O time com 10 somou dificuldades e levou o segundo gol. Poderia ter levado mais. Teve uma bola no travessão em jogada individual de Alan Patrick, além de uma oportunidade perdida por Bustos. Nada mais.
Foi dominado antes e depois da expulsão de Mercado. O time que obedeceu à intensidade do seu treinador acabou o jogo se arrastando em campo. Ou Coudet entende a capacidade física de um time repleto de veteranos ou será um desastre. O engano colorado foi trazer um treinador que tem uma filosofia que não tem relação com a realidade dos seus jogadores. Terça-feira (1) precisará ficar a bola, baixar linhas, marcar forte, não ser intenso.
Sendo assim poderá ter sucesso em Buenos Aires e voltar vivo. O time promissor, que foi adjetivado pelo ouvinte da Gaúcha, precisa se adequar à realidade do que tem o treinador nas duas mãos. Se assim não acontecer poderemos ver consequências desagradáveis.